Minha maior potencialidade.

Talvez eu ainda não saiba qual seja o meu melhor potencial.

Estive pensando se realmente tenho algum, pois entendo que o significado da palavra potência é algo que atua depois de certo tempo e que vem das diversas possibilidades que vão surgindo. Penso que os nossos potencias também vêm com a vida e me julgo nesse momento muito nova para saber de algo tão importante, talvez quando tiver meus 80 e poucos anos essa pergunta possa ser um pouco mais fácil de ser responder.

Quando digo que os potenciais vêm da vida, me refiro que eles vêm da relação com alguma outra pessoa, podendo surgir de diversas formas sendo através de um simples abraço pela manhã, ou através de uma simples ligação apenas para saber se o dia correu tudo bem, essa vida que me refiro significa a convivência com o contato humano e das histórias vividas.

Outro dia, por exemplo, estive pensando qual foi o meu maior potencial quando alguns anos atrás eu tive que me despedir de uma pessoa que amava muito, talvez tenha sido um potencial naquele momento de aguentar a dor da perda de minha amada avó. Ou qual foi meu maior potencial quando, por exemplo, comecei a me apaixonar de novo por um “carinha” aí, potencial esse que teve que vir com uma pitada de coragem e muitas esperanças.

Acho que o ser humano está para as mudanças, assim como não pode existir um único potencial, talvez tenha sido por isso que achei essa tarefa tão difícil. Quando digo que os potenciais vêm pela vida refiro-me a uma via fácil de acesso entre as pessoas que estão cruzando o nosso caminho o tempo todo e as infinitas histórias que vamos ter para contar daqui um tempo.

Imagino que muitos dos potencias que hoje eu possa ter, podem ter vindo das diversas noites que fiquei sem dormir quando algo me incomodava muito ou da imensa alegria que senti quando algo maneiro aconteceu em minha vida. Alguns potencias, podem ter vindo da força que tive que ter para não desistir de tudo quando as coisas ficaram bem difíceis, ou da capacidade que tive de ter para aprender a ouvir quando foi me pedido isso e intervir quando foi preciso, assim tive que aprender a ir suportando as dores dos meus queridos amigos e parentes, buscando soluções para fazer com que eles ficassem bem, para curar a dor deles. Aprendi a entender a dor do outro e com isso fui aprendendo a compreender a minha dor também.

Como o meu tempo é curto e ainda não sei bem ao certo qual é o meu maior potencial deixo aqui um convite para que possamos nos encontrar daqui alguns anos quando estivermos mais velhos e quem saiba em uma bela tarde eu possa responder com mais clareza, vivências e histórias qual é a minha maior possibilidade.

Gabriela Carvalho
Enviado por Gabriela Carvalho em 17/05/2013
Reeditado em 26/06/2020
Código do texto: T4295817
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