A PROMESSA DE UM HOMEM

Ergo minha destra para os céus

Com a espada ainda em punho

Não tenho nada além disto

Uma velha espada sem bainha

Um velho destino não acabado

Uma velha promessa ainda por cumprir

A palavra e a espada são como o ouro

Trazem esplendor ou horror à mesma mão

O escudo é honra inabalável, intransponível

Como uma grande muralha de fogo ardente

Mesmo que tenha um corpo mutilado

E um coração estripado pela dor

Ficarei aqui onde fui deixado

Ainda a esperar o retorno

O revés do destino, a volta da circunferência

Retornando-me o que conquistei com sangue

Seus castelos tombam e caem

As fortalezas falham e desmoronam

Seus heróis e campeões desertaram e fugiram

Deixando a ti cidadela, sozinha contra a tempestade

Mas ainda há aqui um homem

Sozinho numa esquina da cidade

Aquele que foi desonrado por ti, te honra.

Aquele que por ti foi traído, te salvará.

As palavras dos covardes se perdem e somem

Mas não falha nem se perde a promessa de um homem

Tiago André Brêta Izidoro

Zero
Enviado por Zero em 16/05/2013
Código do texto: T4292875
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