A PROMESSA DE UM HOMEM
Ergo minha destra para os céus
Com a espada ainda em punho
Não tenho nada além disto
Uma velha espada sem bainha
Um velho destino não acabado
Uma velha promessa ainda por cumprir
A palavra e a espada são como o ouro
Trazem esplendor ou horror à mesma mão
O escudo é honra inabalável, intransponível
Como uma grande muralha de fogo ardente
Mesmo que tenha um corpo mutilado
E um coração estripado pela dor
Ficarei aqui onde fui deixado
Ainda a esperar o retorno
O revés do destino, a volta da circunferência
Retornando-me o que conquistei com sangue
Seus castelos tombam e caem
As fortalezas falham e desmoronam
Seus heróis e campeões desertaram e fugiram
Deixando a ti cidadela, sozinha contra a tempestade
Mas ainda há aqui um homem
Sozinho numa esquina da cidade
Aquele que foi desonrado por ti, te honra.
Aquele que por ti foi traído, te salvará.
As palavras dos covardes se perdem e somem
Mas não falha nem se perde a promessa de um homem
Tiago André Brêta Izidoro