Deus, em todas as horas.

Domingos são alegres, violetas são azuis. A luz resplandece sobre os montes, ilumina os vales e as serras.

E mesmo quando a noite vem, as sombras não me alcançam.

Entre as incertezas e inquietações humanas, o silêncio fala por enigmáticas formas. Contemplo a maciez da madrugada fria ; teu amor aquece e completa, transborda de luz minha alma : não sou digno de contemplar tua face ( e ainda assim me despertas tantas madrugadas).

Feito arvores que raízes e sementes espalham, busco a semeadura ( quando sei que os ceifeiros são poucos ) , almejo grandes coisas e o brilho do ouro que nunca me corrompeu não me fascina , nem o medo das incertas horas me apavora ; vivo à margem do medo e da incerteza.

Operário incansável, rogo piedade e paz todas as manhãs (quando nem sei se as mereço).

Sigo reconstruindo todas as horas. Deus, força e fé inquebrantáveis, rogai por nós.

JAlmeida
Enviado por JAlmeida em 12/05/2013
Código do texto: T4287715
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