Jamais Suficiente (s)
Pelo que vejo nunca seremos totalmente confiáveis ou perdoados por certas atitudes que fizemos no passado, seja de grande ou pequeno fato. Nossas atitudes, declarações, emoções, nunca serão totalmente afetadas na outra pessoa como imaginamos, mesmo, indo em direção da busca constante do melhor de si.
Estamos sempre em atraso, em desvantagem, em desconfiança. Os cem por cento nunca será válido para quem já foi magoado um dia, porém, mesmo assim devo acreditar que mudanças verdadeiras não existem? Que sempre, a qualquer exaltação ou estranhamento iremos ou irei sair da linha? Me explique realmente até onde “esse” amor é capaz de ir? Ou até onde ele pode ir? Seja totalmente direto sobre o que é amar à essa pessoa que te fez chorar algum dia. Ela pode ter mil chances e você aceitar ela de braços abertos, mas, será mesmo que você não vai travar em algum momento, como vem fazendo ultimamente?
O que é ir até o fim para alguém que já esmagou seu coração? Não estou tentando procurar respostas, só me sinto na vontade de ver o seu semblante perante minhas linhas totalmente explícitas e exclusivas para você. Onde é que estamos, em que patamar na verdade, aliás, que verdade é essa? Onde só existem indagações, desconfiança, e conversas por vezes retraídas.
Por onde está tentando ir, por onde quer caminhar, o que quer fazer e qual a conclusão disso tudo? Percebo que nunca serei totalmente algo único e intacto para alguém que já magoei, terei sempre algo que os incomode, que os deixem a mercê, perdidos entre a crença e a infidelidade. - A felicidade não se torna completa se você não é completo de confiança -.
As desculpas que me dá, são tão minimas e hipócritas, tornando a minha atitude limitada para com o que devo resgatar de mim para te dar com um laço afetivo amarrado. Pois nunca serei o suficiente mesmo que seja a melhor. Mesmo que faça por onde. Mesmo que, verdadeiramente, mude e opte por dar o que tenho de mais último e de valor em minha vida. Pois, o que dividimos com cada ser humano que convivemos é a solidão, que como já dizia Clarice, é a última coisa que se pode dar de si.