Será que Freud entenderia?

São pensamentos auto destrutivos pra uma mente transtornada há alguns dias que parecem décadas. Não sou a primeira e quiçá a última a achar que o mundo está perdido. Não tomei nenhum remédio (agradeço por não precisar deles, por enquanto) e também não estou bêbada (mas gostaria), pra ficar fazendo filosofia de boteco. E inútil pensar na vida, porque percebemos que nada se resolve pra já. Mas me cansa pensar que ao mesmo tempo que canso, e é um cansaço que eu venho mostrando faz tempo, me surge uma curiosidade de conhecer outras pesssoas, essas interessantes que conseguem ver a vida além do que ela é, que não tem tabus e restrições pra falar de Deus e da Morte, de filosofia barata e cara, de psicanálise e terapia. De falar sobre et's ou como foi feita a cerveja nossa de cada dia.

Gosto de pessoas que tem o quê/ conversar/demonstrar. Que tem tempo e disposição (e fôlego pra transar). Que morrem num dia e no outro aparecem mais vivas que nunca. Que se mostram o inverso de tudo que já vi ou li. Que fale até o contrário da minha humilde opinião, embora eu não tenha nenhum quesito para gostar de alguém. Não gosto de uma pessoa por ela ler Augusto Cury, mas se ela gostar de mim porque acho o demodê mais bonito, seria bacana.

Eu poderia dizer sobre meu cansaço, minhas olheiras, meus tantos amores que já tive, poderia até tentar convencer alguém de alguma coisa, mas você só acredita no que quer, eu só acredito no que quero. Não sei se a minha vontade maior é de dividir as minhas paranoias do mundo com alguém, ou de simplesmente alguém me tirar a ideia disso (das minhas paranoias). Estou aprendendo a viver sozinha, a sofrer sozinha, a gostar sozinha; a vida inteira, e ainda não consegui ser uma aprendiz dessas que sentam na primeira classe e tiram nota dez. Talvez eu não saiba me virar sozinha e seja tão romântica querendo um amor retrô; que comecei falando sobre a evolução do mundo e acabei falando sobre esse sentimento que trabalho incansavelmente.

Não quero o amor de uma vida, quero um amor de intensidade. Mas a intensidade parece estar tão ultrapassada que parece que pra entrar de cabeça em alguma coisa, tem se proteger de mil maneiras diferentes, com proteção e anti-virus, eu vou sem mala e sem bagagem, sem espada e escudo, vou entrando e sabe-se lá porque motivo, eu ainda não consigo gostar de alguém sem parecer que é a primeira vez, embora eu fui atropelada algumas vezes pelo caminho, dessa vez fui atropelada por uma brasília amarela, continuo aqui tentando demonstrar de um jeito torto que eu queria que "cê" não me achasse tão paranoica, psicopata e louca, e só desse um cantinho pra mim e pra minhas paranoias.

Se só o poeta pra entender poesia, se você fizesse tanta questão eu deixaria de escrever. Se você soubesse o quanto é difícil tentar explicar pra alguém alguma coisa do que sinto, você entenderia meu cansaço. Se o apego é da minha conta, acredite estou pagando caro (o que não tenho), porque eu realmente gosto de você (e de abacaxi, amoras, vinho, cigarros, pessoas arrogantes e inteligentes, pessoas séria e responsáveis, pápeis de carta, livros, poesia e confusão). E de você mais de você. Principalmente de. E se você soubesse o quanto é frustante não saber de nada além dessa ideia de que eu queria fazer parte sua e ao mesmo tempo torço pra fugir disso, mas o máximo que consigo é tropeçar e pedir com carinho pra que você retorne pra me juntar. Também não tem tabu pra quem gosta de alguém de repente.

e o que eu ganho e o que eu perco, ninguém precisa saber.

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Dois cafés
Enviado por Dois cafés em 09/05/2013
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