Devorador de Medos.
Qual teu medo?
Perguntou o espectro que diante das sombras da noite
Fazia-se mais assustador,
O homem que a camisa branca perdera a sua luz
Diante da palidez de sua face,
Cujo os lábios tremiam, e nem uma palavra desprendiam
Sem que as fragmentassem ao meio.
Em um instante, o espectro confundiu-se as sombras
E antes de um piscar de olhos sumiu,
Uma paz tomou a face do homem
Que aos poucos se corou novamente.
Agora em seu peito habitava nada mais que uma paz
Uma paz crescente e aliviadora,
E não notava-se ali, nenhum resquício de medo.
O espectro se foi com ele,
Talvez esse seja seu alimento mais valioso.