No sonho que é viver

Ouvi dizer, daqueles que certamente souberam caminhar, que o processo vale mais que a chegada, que sentir-se vivo, depende do verdadeiro sentido de respirar, que entre o conhecimento e a verdade estão as experiências e que elas são infinitas possibilidades entre o sim, o não e o talvez.

A cor energética que percorre as nossas veias, permeia nossa "humanisse" encarnada na semente filosófica que os deuses sonharam materializar em aquarela de som e sentido de viver.

E o príncipe da luz ofuscantemente bela, fez-se pássaro quando decidiu se sentir tomado pelo último raio do arco-íris, já que tornou-se pó na dimensão do ser.

E sendo o ser que era, lembrou-se de Era que se enluarou estrelando Vênus numa outra praia, de ondas raras, onde o vento ainda não havia sacudido o mar de areias turbulando tempestades pelas quais a princesa se esquivou.

No vaivém da lua cheia, de noites claras a soluçar, a flor pensa em despetalar-se afim de nutrir a terra. Sofrendo se encontra ela, e tão cativante era, seu perfume se espalhou, seu carmesim azulou.

Em sonho, ele prepara a semente para do sol se apropriar, feito côco na palmeira, feito sonata ao luar.

E amando retornou para que aqueles que alí estivessem pudessem com ele evoluir. Iluminando-se ecoou e colheu a flor.