Amor e suas "Guerras Frias"
Estranhos são os amores hoje em dia. Tão frágeis, vulneráveis, sem garantia alguma. Mais estranhas são também as pessoas. Apaixonam-se aqui, desapaixonam-se ali. Falam de apego, mas não conseguem se apegar a um sentimento tão nobre e bonito quanto o amor. Mas o da entrega total; não parcial, em pequenas partes, como tem sido. Felizes daqueles que conseguem fugir às estatísticas. Os que vivem uma história. Arriscam tudo, sem temer absolutamente nada; não somente um pouco. São aqueles para os quais, independente do tempo, o amor sempre vale a pena. E não fazem fila frente a tantos que, covardemente, fogem desse sentimento. Sem nem ao menos arriscar; tentar, quem sabe? Vai entender as pessoas e sua forma de demonstrar "amor". Sim, amor com aspas. Porque poucos conseguem se entregar totalmente, saindo daquele comodismo cotidiano; e, muitas das relações que vemos hoje, não são baseadas nele; diferente de poucos anos atrás. Lembrando o fato de hoje muitos viverem de breves paixonites, meras ilusões de "crianças grandes", talvez tentar entendê-las seja a mais difícil das tarefas. Então, que essas fiquem para os poetas. Talvez, mesmo sem vivê-las, sejam eles quem mais detenham tal capacidade. Capacidade essa que minha vã existência, infelizmente, não me permite ter. Não ainda. Não agora. Mesmo denominado "poeta" por alguns, pode ser que eu ainda esteja muito longe - distante mesmo - de ser um.