Ácido Infalível
Como eu queria gritar todo esse amor inflado em meu peito, como eu queria voar velozmente e aterrissar em seus braços, deleitar-me em teus abraços, beijar tua boca e ouvir em sussurros que você me quer, que é meu o teu amor, e que minhas lágrimas não tem mais razão de existir... Como eu queria ter um pouco de paz, saber que meu eu, mesmo que tardio, ainda pode florir...
Parece que realmente querer não é poder... Eu vejo e sinto o definhar dos meus dias... Nem mesmo as fantasias já não me fazem companhia... Então parte da minha angústia transborda sem permissão, como a extravasar rebeldemente o que não cabe mais no meu coração...
Impossível explicar a ingratidão colhida sem lembranças da germinação... Me resta a resignação... Aceitar o absinto que me rasga e queima as entranhas como ácido infalível contra a felicidade...