Os Perigos da Vida
Hoje a tarde sai para dar uma volta na orla da praia, o céu estava azul, sem nenhuma nuvem, o mar tranquilo, a brisa acariciava meu rosto, com o fone no ouvido eu ouvia Sarah Brightman, foi assim que comecei a pensar sobre a vida.
Pensei que às vezes fazemos coisas que nos machucam, fazemos por fazer, loucuras do momento, e pensei que não devemos nos ferir com essas coisas tolas, somos maiores que isso, nossos sonhos são mais nobres. Mas percebi que também nos ferimos com coisas que acreditamos serem boas, mas que no fim não passam de ilusão.
Estava quase concluindo que temos que nos trancar em nós mesmos, e não correr os riscos dessa vida, pois assim não ficaremos vulneráveis a determinadas situações, e as feridas serão evitadas.
Contudo, percebi que se furtarmos de nós mesmos as oportunidades, correremos o risco de nunca encontrarmos a felicidade, afinal viver é se arriscar, na vida estamos sujeitos aos perigos e arranhões.
É complicado, pois quando passamos uma vida dando murros em ponta de faca, fica mais difícil dar a mão para alguém e seguir o mesmo caminho, até porque, pelas experiências passadas, os outros caminhos foram de ilusão, e quando menos esperávamos, estávamos sozinhos e perdidos, mas no mundo há outras pessoas como nós, sozinhas e perdidas, que vivem neste dilema, e que esperam alguém que possa dar a mão e continuar seguindo nesta estrada.
Por isso, após caminhar admirado com a beleza do sol, das montanhas verdes, do mar, das árvores dançando a dança do vento e do ar, pude concluir que em algum lugar deste grande mundo, um dia ouvirei a canção que fará com sinceridade meu coração pular em outro ritmo, que em algum lugar há essa nota, que em algum lugar alguém me espera...