A INSPIRAÇÃO
Deste nível de baixeza trivial
temo um dia não retornar.
O caminho é escuro de cinzas... de pó
Que continua quando há de voltar.
Transparecido e sangrando eu caio
Nas trevas do inesperado.
Não presumo, não leio, não falo..
Como dói este desamparo.
E partindo da essência de abutres,
Maldito sois com a maldade que te nutre.
O verso entra e depois para.
Insano e doloroso como de costume.
E aqui estou com ele ao lado.
Quem diria!! Estais tão calado.
Não precisarei implorar-te silencio.
Pois maldito fostes, e fostes bem tarde.
Sarcástico e impiedoso vens chegando.
Com o espiro de estase calmaria.
É dali que parte a frase que me guia.
É dali que parte o verso que me inspira.
E apesar de tantas dores que me causa.
Eu não posso dizer que vivo sem Ti.
Pois se estou entre tuas unhas ferozes de prontidão.
Encontro e busco a fanática inspiração.
Condenada eu vivo sob estes instintos.
E ironicamente peço-te perdão do Autor
Pois na dor eu vivo-te – pérfida inimiga –
E no calar te estreio como um escritor.
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De Valeria C. Ribella
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