Doce Estranha
Minha doce estranha,
Vejo-te passar todos os dias, não parecendo saber aonde ir
Deixando-se levar ao som da melancolia.
Tua presença efêmera me distrai,
Contrai o tempo ao sorrir, dilata a ele ao sumir.
Sigo andando pelo mesmo caminho.
Às vezes não te vejo, as vezes não te percebo.
O tempo divaga pelas horas, dias e semanas.
Sua imagem surge ao nada, a mim e a todos.
Passas despercebida, triste e opaca.
Sentada, buscando algum sentindo que eu desconheço,
Da mesma forma que desconheço a ti.
Minha doce estranha,
Caminhas com um ar triste, digno de um ser surpreendente.
Um tanto down, aflorando tua beleza em dias tristes.
Apos tudo isso, continuo seguindo meu olhar por traz de um óculos negro a outro lugar
Esquecendo-te, seguindo outra cena que vejo desenrolar.
Apenas recordando que és uma doce estranha.