Em Busca da Vitória
Quando o baú fica cheio de tranqueiras, quando o sótão de tua morada guarda apenas o entulho juntado durante anos, quando teu jardim não lhe provê mais as lindas flores de antes;
Quando tudo se torna cinza ao teu redor, e o sol não é capaz de aquecer teu coração, e a sombra é a única que resta ao teu lado.
Pega tua espada, veste tua armadura, pois é chegada a hora de travar uma verdadeira guerra contra si mesmo.
Corta; todo o mal que lhe chega aos pés.
Incendeia; toda e qualquer peça que lhe impeça de seguir o caminho.
Destrua; as raízes que lhe prendem ao chão, liberta-te de tua prisão!
Grita! Alivia a dor que lhe consome a alma.
Corra; em direção ao desconhecido.
Busca; o sol que te aquecerá. Fica, enfim, diante do abismo de tuas próprias verdades.
Avista; o demônio que faz parte de você e encara-o. Mostre-lhe que está liberto da prisão em que ele o colocou.
Urra, com toda força que ainda lhe resta, corra; em direção a ele, com tua espada em punho, e crava-lhe em meio ao peito, levando-o ao chão, arranca-lhe a cabeça e ergue-a como troféu de tua vitória. Mas saiba que este é apenas um, de muitos que ainda virão, tua luta nesse momento acabou, mas a guerra de fato ainda nem começou. Ela é uma constante, na qual nunca saberemos quando de fato irá acabar, é luta eterna contra si mesmo, é o medo que paralisa a criança dentro de ti, é a esperança que fortalece. E a fé que lhe salva.
Siga agora, teu novo caminho, liberto, de tuas amarras, voa; em direção ao sol, que ilumina teu caminho.