Câncer

A maioria das mulheres não percebem que o rastreamento para o câncer de mama poderia levá-las a um tratamento que elas não precisam, mas isso não as impede de realizar o teste, dizem os pesquisadores.

Os pesquisadores disseram que as mulheres eram "surpreendidas e ficavam chocadas" quando falava-se sobre os riscos do excesso de tratamento.

Os resultados vieram de uma série de grupos focais conduzidos pelo Cancer Research UK e relatados no BMJ Open.

Estes mostraram que "a maioria" das mulheres ainda se sentiam positivas sobre o rastreio depois que elas foram informadas sobre o risco de excesso de tratamento.

Isto incluiu a possibilidade de que eles podem ser tratados para o câncer de crescimento lento que nunca poderia ter causado um problema durante a sua vida.

Uma revisão no outono passado disse que poderia haver três casos de excesso de tratamento para cada vida salva pela triagem.

Pesquisador Dr. Jo Waller, da University College London, disse: "Nós encontramos uma generalizada falta de consciência do over diagnóstico, e uma visão forte de que a informação era importante, embora esta raramente altere as crenças das mulheres sobre o valor de rastreamento ou suas decisões sobre realizá-lo no futuro.

"Nosso estudo também destacou a dificuldade comunicar as informações de risco sobre o rastreio do câncer. Dados ao nível da população e modelagem estatística são difíceis de entender, até mesmo para os médicos especialistas e, ainda mais, para que os indivíduos ponderem sobre os próprios prós e contras de triagem."

Sara Hiom, da Cancer Research UK, disse que o problema de excesso de tratamento também significa que os cientistas tem que fazer mais para identificar a doença com risco de vida.

Ela disse: "Embora este estudo destaque a necessidade de uma comunicação mais clara sobre o excesso de diagnósticos, ele também demonstra a necessidade de mais pesquisas para identificar mulheres com maior risco de câncer de mama e para distinguir entre os cânceres de crescimento mais rápido ou mais lento. Estamos trabalhando para isso agora."

Valdinei Marinho Sousa e Valdinei Marinho de Sousa
Enviado por Valdinei Marinho Sousa em 27/04/2013
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