O fim.
Sua cabeça foi ao encontro do asfalto quente, seus olhos enxergaram pela última vez junto a uma lágrima e aterrorizados ficaram quando a penumbra os matou. Sua boca levemente rachada e prejudicada pelo frio ficou tomada por sangue, seu sangue inquinado e cálido. Um turbilhão de recordações possuiu seu ser, seus olhos se reviraram ligeiramente em busca de aniquilar a dor que sentia de dentro para fora, a agonia por não ter cumprido seu papel a tempo o torturava. Ficaria assim para sempre? Cada segundo de agrura e compunção o fazia chorar interiormente. Em seu corpo era possível encontrar evidentes lesões ocasionadas pela ira, sua carne exposta, sórdida, expelindo lamúrias e desventuras. O coração debilitado alertava que o tempo havia se esgotado. O tremor de seu torso o atemorizava, mas nada era tão terrificante quanto constatar que se estava desamparado. Seu coração conclamava por apelo, mas já era tarde, com uma bala instalada em seu peito ele se despediu da vida.