Comigo Quase Ninguém Pode
Comigo Ninguém Pode. Não há nome que melhor expresse um significado.
Diante da grandeza e da imponência de uma majestosa planta, por que outro nome poderia ser designada tão notável criação divina?
Conheci uma dessas, entretanto, que não obstante a beleza e imponência de que era portadora tinha algo de singular.
Tinha uma fraqueza, que se escondia muito bem por detrás das suas largas e altas folhas.
Eis que numa tarde de outono, a bela planta envergou-se. Sentiu o peso de estar num vaso que não suportava tamanha imponência.
Percebi num olhar, que ela não fazia nada além de clamar por outro vaso.
Pude quase ouvir seu clamor:
"Socorro! Tire-me daqui", gritava ela desesperada. " Meu vaso não me suporta mais e eu não suportarei estar por muito tempo nesse vaso!"
Seu nome não estava mais expressando o que era ela de fato, porque com ela quase ninguém podia. E de fato ela não pode mais com seu vaso e tampouco o vaso pode com ela. Ela precisa de um novo. Maior. Compatível às suas aspirações de invencibilidade. Seu tempo urge. Não sei o que dela será feito.
Mas, de certo, para além de um pequeno vaso, a vida prossegue e a valente Comigo Ninguém Pode há de encontrar um lugar novo, perfeito para morar.