DORMIR... SONHAR...

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NO INÍCIO DA MADRUGADA DE 22 DE ABRIL DE 2013

Dormir... sonhar... não é modo pior nem melhor de viver. Sono, abri vossa porta e braços para mim, que em vossa casa e em vossos braços eu usufrua do abençoado tempo de trégua e de evasão da pesada tarefa de saber-me e de lembrar-me a existir, tarefa inalienável que a vigília me impõe, a vida em vigília, de menor valia, essa obrigatória, essa sem sonhos a sonhar, essa em que, apesar de tudo, sempre acabo voltando para ti, homem. Essa, em que acabo sempre voltando para ti, para prosseguir a odisseia espantosa a que a vida me condenou sem remissão.

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