A NATUREZA DE MINHA ALMA

Eu corro para longe dos que me odeiam, dos que me amam dos que me desprezam das boas companhias e das más, busco a solidão das terras não desbravadas e imaculadas pelo homem. Eu busco a natureza e sua sanidade não encontrada na cidade.

Eu pensei em voltar, mas já não dava mais meus pés me puxavam para frente, onde só existem rios que se enroscam nas montanhas e florestas que nunca caem suas folhas, onde a chuva em dias quentes molham meus cabelos, eu piso na lama e na rocha porque esse é agora meu chão e meu teto o firmamento com suas inúmeras mudanças, eu destruo a imagem nociva criada pela sociedade doente de uma falsa personalidade, e crio outro personagem livre das amarras hipócritas da sociedade doente, onde somos forçados a criar e seguir contratos sociais de namoradas, amigos, família eu fujo para onde o extinto mais primitivo mais nem por isso menos nobre reina. Tenho as árvores frondosas como ninho e as encostas úmidas como parede.

Eu ando sobre o solo vivo, eu sou outro agora olho meu reflexo na água já não e mais um homem e sim outra coisa, outro ser nascido e uma voz dentro de mim diz “tenho muito orgulho de você”. Passou algum tempo eu sinto só eu olho ao meu redor e grito loucamente tem alguém ai e não a resposta eu rio, da loucura, eu fico feliz quando penso não tenho mais internet, celular, refrigerante, chocolate e café. Nada mais de namoradas mimadas, nem de falsos amigos ou controle de uma família, indo finalmente a lugar nenhum sem expectativas vivendo um dia de cada vez como está na bíblia, sem análises sem julgamentos os pássaros riem entre si daquele primata desengonçado que busca uma nova revolução dentro de seu próprio ser.

Eu morri em uma floresta não tive velório, nem cerimônia, mas morri feliz porque minha carne alimento a terra meus olhos contemplaram antes de fechar o céu mais belo e estrelado que alguém poderia ver no firmamento.