CANSAÇO

Na madrugada de 19 de abril de 2013

Estou tão cansada... de mim, de tudo, que parece não haver onde caber-me mais cansaço nenhum. Plena de cansaço, atingi o fundo do poço do cansaço, daqueles cansaços que o sono (quando ele, sono, existe) não consegue recuperar nem um pouquinho. Estou a morrer desse cansaço de mim e de tudo, mas não morro. Ai, Amigo meu, como te compreendo! Queria que me compreendesses, também. Se me compreendesses, um pouco que fosse, tua compreensão funcionaria, muito, como um antídoto para o meu cansaço crônico, agudíssimo, quase mortal que é, também, o terrível cansaço de precisar ficar, sempre, sempre, tão completamente longe de ti. Ah, se me pudesses compreender, se conseguisses alcançar este meu cansaço de mundos todos sem saída! Se me pudesses alcançar, de algum modo minha vida estaria a salvo de mim.

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