DIA A DIA

Eu volto a escrever toda manhã,

Ainda que a noite dure todo um verão,

Porque sonhei por toda essa noite,

Ainda que seja um livro minha poesia.

Eu canto as flores durante a primavera,

Não importa a obviedade do evento,

Só se vive enquanto se está vivo,

E assim eu vivo uma vida inteira.

Posso filosofar a mais evidente verdade,

Porém vivê-la em verdade é fato raro.

Somos cópias de nós mesmos e,

Entregamos à razão a emoção de uma esperança.

Assim mesmo, mais comum dos comuns,

Sinto-me diferente porque acredito,

Verdadeiramente acredito na simplicidade,

Na objetividade de um “sim” ou “não” como resposta,

Tanto quanto na vida como justificativa,

Para cada resposta dada com sinceridade.