Dreams of a dreamer

Eu nunca parei pra pensar em como as coisas seriam se ele sentisse o mesmo por mim. Apesar de viver sonhando e planejando, eu sempre fui realista. Nunca pensei que um dia ele pudesse gostar de alguém como eu.

Mas, de repente, o que era apenas um sonho começou a virar realidade. Primeiro ele deu um jeito de puxar assunto comigo, e me conquistou ainda porque decidiu falar sobre o meu livro favorito. Isto foi motivo suficiente para começarmos a conversar todos os dias. Passávamos aqueles vinte minutos dentro do ônibus falando sobre tudo o que imaginávamos. Ele tinha bom gosto para música, literatura e cinema. Eu também. Nós tínhamos muitas coisas em comum.

A cada dia que passava nos tornávamos mais próximos. As cruzadas de olhares, antes tão raras e apavorantes, agora eram frequentes. Eu sabia como fazê-lo sorrir, e ele sabia como me deixar mais encantada a cada sorriso. Ele havia perdido o hábito de pedir “desculpa” quando encostava em mim sem querer, principalmente devido ao fato de que agora sempre que encostávamos um no outro era proposital.

Os abraços passaram a fazer parte do nosso cotidiano. Ele me abraçava quando nos encontrávamos e depositava um beijo em minha testa na hora de nos despedirmos.

E foi exatamente no momento em que nossos lábios se encontraram que eu acordei do meu doce sonho.

Lillian Cruz
Enviado por Lillian Cruz em 17/04/2013
Código do texto: T4245872
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