Entre o ser e não ser....Fora de questão.

Estava na dúvida cruel

Entre o certo e o incerto.

Vivia à sua maneira, livre

Sem compromisso com ninguém.

Ao mesmo tempo, sentia a necessidade de ser alguém

Na vida de alguém.

Mas já havia desempenhado esse papel e tinha que concordar

Não fora nada bom. Ou melhor dizendo, até foi. Mas deixou de ser.

Talvez isso fizesse crescer ainda mais a dúvida

do ser ou não ser, e desse princípio

Já nem seria julgado o termo ' eis a questão'.

Não queria 'tapar' buracos, muito menos o Sol com a peneira.

Queria, na verdade, ser inteira.

E agora?

Ser primeira dama ou serviçal?

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

Pensando.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

Se for primeira dama, corre o risco de ser tornar serviçal , com o passar do tempo.

Se for serviçal, talvez tenha os privilégios de primeira dama, sem os compromissos da mesma.

.

.

.

.

.

.

.

Risco ou arrisco?

Vou ou não vou?

Faço ou não?

.

.

.

.

.

.

.

( Enquanto pensava , um pernilongo estranho lhe rompeu a pele com uma picada chata, e talvez transmissiva do vírus da dengue).

Nossa que meleca. Perdendo tempo em decidir se dá ( chance ) ou não.

Cria vergonha nessa cara menina, você nem tem DNA de formiga, para viver de migalhas ( eis que surge a voz da consciência).

>

.

.

.

.

.

.

>

E assim concluiu, que melhor mesmo é manter um caso de amor consigo mesma, afinal, era a única que a conhecia tão bem quanto.

.................. ( isso que dá a falta do que fazer ) ........................