No passado falando do futuro

Depois da aula, um grupo de seis alunos veio até a minha mesa. Um deles disse: “Professor, o senhor é muito futurista, isso que o senhor acabar de abordar nessa aula é coisa de ficção científica. Parece coisa de filme de ficção, não achamos que um dia isso possa acontecer mesmo.” – Então eu respondi: “Meu jovem, imagine o que seria um helicóptero pousar numa cidade no ano de 1.200 DC. Seria para aquela época um assombro e muito futurista não acha? – Julio Verne e Leonardo da Vinci também eram homens futuristas e visionários, eles sabiam que, no tempo deles, as coisas que eles sabiam certamente aconteceria num futuro além do seu tempo. Portanto, porque falo hoje, neste início da década de 90, sobre pequenos aparelhos de comunicação do tamanho de um maço de cigarros que poderão ser comunicadores de voz e imagem a longa distância, isso pra mim não é nada futurista, é uma realidade que logo mais estará nas mãos dos seus filhos ou netos. É o futuro da tecnologia, não há quem possa impedir ou mudar isso, é só uma questão de tempo. – A aula daquele dia, dezembro de 1991, foi sobre comunicação a longa distância. O aparelho do qual falei naquela aula, é hoje o aparelho de celular. Também falei naquela aula que, um dia num tempo futuro, uma viajem de são Paulo até Paris não durará mais que duas ou três horas. Se isso hoje ainda lhe parece futurista, você deve estar pensando igualmente aqueles alunos que também achavam em 1991, que a possibilidade de um aparelho de celular era uma coisa muito futurista.

Charles Silva

CharlesSilva
Enviado por CharlesSilva em 16/04/2013
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