Uma Parábola
       (Líricas de um Evangelho Insano)



Ela nunca  ficava a sós

levava sempre  consigo a sombra faminta
 e os rabiscos da última ceia
 
 
Guardava os escritos daquela mesa
os cadarços abertos as taramelas quebradas
 o licor do sudário incendiado
 
No oco da lamparina
0 aceso buraco negro