Meu Tempo....
Quase dois meses se passaram. E nesses dois meses eu fui do céu ao inferno varias vezes. Eu fiz escalas repetitivas de passagem por esses dois lugares como nunca fiz antes na minha vida. Eu sempre achei que a pior coisa que poderia me acontecer era alguém que eu gosto morrer, mas eu devo admitir que tenho problemas com os dois tipos de morte. A absoluta e a morte em vida, quando você é obrigado a dar como morto alguém que já partilhou a vida com você. Sou muito relutante a esse tipo de coisa, até hoje eu lamento a morte em vida de algumas pessoas que eu amaria ter até hoje por perto. Mas essa é uma escolha que não se pode tomar sozinha. A segunda parte, precisa decidir se ela quer tentar uma existência pacifica, ou se vai voluntariamente para o "caixão" do esquecimento, aquele em que você ouve o nome da pessoa,mas tem a vaga lembrança de quem já foi e do que representou para você.
Pois bem, cá estou eu tentando veementemente não mandar mais um para o caixão do esquecimento, porém não é tarefa fácil.Talvez seria tudo mais simples se eu soubesse desapegar e ligar aquele botãozinho bacana que todo mundo tem, o famoso "foda-se". Mas não, por mais idiota, por mais babaca,mesmo com as atitudes mais infantis e dignas de um belo tapa corretivo no meio das fuças, eu tento tomar o folego, calçar os sapatos do sujeito(a) e tomar uma distância para dali a um pouco tentar de novo.
Esse processo não dura pra sempre.Meu signo não é conhecido por tentar pra sempre, pelo contrário, somos tidos como avoados e colecionadores de amigos e paixões. Mas esse é um traço todo meu,de tentar salvar oque restou, e com os pequenos cacos construir uma amizade, um companheirismo ou qualquer outra coisa mais bonita . Não é o usual, eu sei, mas é assim que eu imagino que devam ser as coisas.
Enfim,não há muito mais oque dizer, além de que estou cansada e gostaria que pelo menos uma vez na vida alguém reconhecesse a amiga que eu sou e não abrisse mão de mim , simplesmente por imaturidade.
Ninguém tem tantos amigos que pode sair assim descartando as pessoas como se fossem folhas de papel rabiscadas apenas uma vez. O papel tem sempre dois lados.