QUEBRANDO PARADIGMAS
São muitos os conceitos desta vida e diversos os pré-conceitos do cotidiano. Há a ruptura do sonho dourado e da preciosidade da fantasia.
Entre esses caminhos que a vida nos leva, é possível alcançar o amadurecimento e fortalecimento de ideias e novos ideais.
Estabelecer metas e alçar voos ousados numa sociedade em que a tendência é permanecer tudo igual, realmente é ir além das circunstâncias e pensar menos nas críticas doentias de um mundo que se propícia ao nada, a mesmice e a ser apenas personagem real de sua própria existência.
Aprendi que devo voar alto, mas que através destes voos eu possa carregar dentro do meu ser os valores que me são reais, importantes, fundamentais; aqueles que estão enraizados dentro de minhas entranhas e que nada poderá me roubar. Compreendi que é preciso perder para ganhar; algo árduo, nada fácil de se aceitar. O conquistar é tão óbvio, as emoções sempre nos afloram e nos envolvem de tal forma, que pensar na perca de algo já nos causa taquicardia e arrepios sobrenaturais. Mas, isto é real, notório, tão certo como a respiração que há em cada ser vivo.
Existem conceitos que com o passar dos anos, tornam-se apenas notícias de jornais; mas são a base para a construção do ser humano, de suas vivências e de seu cotidiano que ora se estabelece ora morre, ora enrique ora torna-se pobre.
Há condutas que se fecham e se encerram por não mais fazer parte de uma realidade; porque já dizia Paulo Freire: " Somos seres inacabados". Partindo desta afirmação, é possível dizer que somos seres em construção, errantes e aprendentes numa terra desconhecida, fértil, que pode ser ou não frutífera dependendo da situação, da quebra de paradigmas e renovação de valores ou até mesmo da disposição para mudar, conceituar e crescer.
Os paradigmas de minha existência tornam-se mais claros ao longo da caminhada, mais claros, palpáveis e concretos,mas isso não quer dizer que ela seja fácil, que as minhas decisões sejam as melhores ou que a dúvida, a incerteza e o medo não tomam conta do meu ser; entretanto, o fato é que estou em fase de equilíbrio, de ter os pés no chão e não simplesmente me entregar ao passado, a dor, as lágrimas, à depressão; essa fase torna-se passado, é como uma planta em fase de crescimento, uma fase em que se gatinha rumo ao aprendizado. Faz-se necessário entender que não se pode esperar muito do outro, mas que ao mesmo tempo não se deve exigir muito de si mesmo, pois somos apenas humanos; não devo tornar minha existência doentia, paralisada, é preciso saltar muralhas, ainda que gemendo, acreditar que são fases, aprendizados; devo chorar, errar, mas não neutralizar minha vida nestes acontecimentos.
A vida é uma construção de aprendizados, somos seres que apreendemos e estamos a caminho da estruturação e da maturação biológica, emocional e afetiva e ainda assim podemos nos considerar apenas humanos; ou seja, pessoas normais, seres errantes, mas persistentes quanto à melhoria do próprio eu existencial.