CHORO DA TERRA SECA

Neste chão de terra seca

Vê-se a vida inteira no pó da miséria

Que o vento leva para a memória

De pais, mães e filhos vivazes da labuta diária

Trabalhadores brasileiros nordestinos

Tornaram-se órfãos do esquecimento

Pela fome dos governos corruptos e tendenciosos

Que desprezam a massa maior

Ganham milhões com a desgraça da fome

Que vivem gerando lucro com a miséria e a falta de chuva

Nesta terra seca

Jaz os que já estiveram aqui e partiram

Por não ter água em abundância

Afundaram-se em desespero e miséria humana

Perderam a vontade de continuar lutando

Na labuta diária da roça amada

Que sobrevivem de garra e força de vontade

De não esmorecer diante da seca maldita

Que o homem não desfaz por ganância

Querendo ganhar milhões com a pele do trabalhador

Quanta dor! Quanta dor!

Chuva caí na terra querida!

Quanta dor! Quanta dor!

Caí somente lágrimas dos olhos pela terra esquecida!

De gente que não brinca com a vida!

Por Lu Cruz - Manaus 09.04.2013 às 19h32min.