Liberdade
Espero sem me cansar, como quem senta beirando a plataforma antiga à espera do trem que o levará para a liberdade. É assim que espero por você que passa por mim todos os dias, mas não consegue me fazer entrar. Eu, que já estava na porta da loucura, trem do meu desejo, recuei. Um passo atrás sem espontaneidade, sem-querer. Agora fico aqui, esperando novamente pelo algo-trem que me faça perder as estribeiras sem me derrubar do cavalo. Quero entrar neste vagão com meu corcel e tudo mais e todo o mais. Porque não quero me desfazer de nada. Se assim for aceito as suas e quaisquer condições. Me leve pra onde for.