Psicodelia delirante
Desencadear sensações com cadeados falsos...
Dormir com os olhos abertos esperando o sono chegar...
Arrumar duas, três, quatro... Quebrar cinco...
Olhar para quem olha pra mim com espelhos reais...
Olhos doloridos e verdes tornam-se vermelhos... Quando olhos
vermelhos querem ser verdes...
Psiu!... A palavra quer palavrear...
Chamem os bombeiros, há fogo no sofrimento...
Depois que o sol for dormir, deixe a lua acordar quem adormece sob a luz verdadeira...
Amanhã será o dia que eu nunca espero...
Os relógios nunca fizeram tic-tac...
Versejo versos inversejáveis...
Hoc falsum...
E a terra é escura já dizia o outro...
Desmoralizar indesmoralizáveis...
Na distância mede-se a saudade...
Corroer incorrosíveis...
Soletrar palavras ao vento quente... E mormaços e mormaços...
Poços fundos ecoam seu grito...
Línguas e olhos são a mesma coisa...
O inverso do inverso é o verso certo...