Sou a poeta do desamor,
patenteei o "Não era uma vez".
Não criei o "felizes para sempre",
tampouco morei numa choupana
com a tabuleta "lar doce lar".
Só sei descrever o âmago da dor.



DESENCANTADOS
Embora nascida além do tempo,
eu vi forjar a ferro a palavra saudade,
na pele dos desencantados.





Quem sou?
Sou aquela que continuou

em sono profundo enquanto 
os príncipes amaram outras,
que viveram livremente,
à margem dos romances.


Railda
Enviado por Railda em 05/04/2013
Reeditado em 02/12/2016
Código do texto: T4225141
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.