Lágrimas insanas

Dias pesados, noites tristes e madrugadas longas. Se houvesse um jeito de somar as alegrias elas não caberiam na palma da minha mão.

Hoje analisando o tempo sinto um aperto no coração cada vez que me lembro de quantas vezes já sonhei com o inacreditável ou mergulhei em uma penumbra fria de emoções que queria sentir, amores que queria amar, pessoas que queria esquecer e outras que teria a honra de conhecer. Lembro-me de ter chorado á dias atrás, me lembro do tremor de alma que sinto cada vez que tento esconder do mundo, o quanto ando desalinhada, do quanto me sinto perdida, o quanto a saudade doí.

E você ai do outro lado, o que você sente? Do que você tem medo? E essa bagunça interna quando você levantará da sala cômoda do arrependimento e irá arrumar os estilhaços que arrancaram de você e que transformou seus dias numa eterna caminhada ao encontro do ‘’nada’’?

E se ainda doí, por que ainda não fostes procurar a cura? Se te sufoca, por que não grita? Se te prende por que não se solta?

Levanta arruma isso ai, chega de chorar, por que lagrimas machucam, desce do alto e vem para o chão, por que e com os pés que se anda é para frente que se olha, com a boca que se fala e com o coração que se ama, e se não tiveres mas um, ame com a alma, com os braços, com gana, seja lá como for.

E não faça sentido, nem explique, nem olhe pra trás, nem se arrependa. Quantas vezes você já fez isso? Que eles te olhem que vejam por dentro, com todas as cicatrizes, com toda sua insanidade, levanta ai vai, tem um mundo lá fora e ele anda precisando da tristeza dos seus sorrisos e da alegria das suas lagrimas.