V E R S O S Soltos
Escrevo para ser livre.
Assim como o fogo precisa do vento para se propagar,
Eu preciso dos versos soltos para me encontrar.
Escrevo e então me encontro, não em mim,
mas nas letras expulsas de minha própria carne e jogadas em uma folha em branco,
que se organizadas formam o que mais procuro em meu ser: meu Eu.
Talvez minhas respostas não estejam no som em que minha voz gosta de propagar ou no silêncio que meu corpo vem-me a confessar.
Quem sabe, minhas respostas, não estão debaixo de meus olhos neste texto que aqui os escrevo?
Escrevo para me sentir leve, pois é com a leveza do Espírito que consigo voar;
voar para além do que imagino,
para além dos meus sonhos,
para sentir o voo mais alto e límpido possível,
e, assim quem sabe, porventura,
eu não chego a encontrar o mundo que todos desejam conhecer;
um mundo jovem, novo e cheio de energias maternas onde o preconceito, a desonestidade e a violência são gestos inenarráveis.
Um mundo onde o Espírito se encha de Esperança por ter encontrado a origem dos nossos sonhos fazendo com que o calor de nosso coração não se cale jamais.