Se pudessemos unir
Com a amálgama do tempo
O vulcão de sílabas
E palavras engenhas
Proferidas desde o nascimento
Talvez...
Nem um turbilhão
De frases ao vento
Formariam uma sequer montanha
Ao sopé da ladeira
Por que a beleza de cada curva
E seus desdobramentos...
São moldados a luz do sentimento
Dando sentido, cor, talento
As matizes secretas de nossa história
A qual, sem toque e movimento
Seria um curta metragem em preto e branco
Confinando a criativa memória
Na prisão do pensamento
E não poderíamos voar
Tampouco sonhar
Nem transcender o contorno
De nós mesmos
ACCO