Meus Pensares I
Os ares de um dia passado, paulatinamente, resfolegaram as folhas de minha vida nestes dias de Outono.
Ares embolorados pelos acalentos indizíveis do Senil; e, apesar deste fato incomum, porém natural, agradei-me: Talvez o sabor do venoso Ocaso faça-me bem...
Trouxeram-me, os ares, certo ruído de ''deliberar'' e, como intrigado ser que desvela o véu doutra realidade, coloquei-me per entre os poderes desta Natura.
Pensei: Ah, então o ser humano aspira o querer-ser, mas, inconcientemente, pensando tê-lo alcançado, acomoda-se sem sê-lo!
Mas isto é desatino e mal-dizer...
Devo, lhanamente, contar-te, ó leitor, meus sentimentos:
Apenas sei de palavras e interjeições - e, por isto, taciturno fico certas vezes...
Admiro o sublime Arrebol, o Argento opíparo e os pássaros doidivanos; e, inda , a terrífica criatura, da qual não hei de citar, enoja-me.
Inexoravelmente, galgamos evolados ao pináculo do pensar, mas, e isto deve ser citado, onde o racicíonio há de nos levar ou, melhor, até que ponto isto pode nos ajudar?
Vós olhareis o ponto do qual o Sol incindi, mas, incapacitados para alcançá-lo, tereis somente os resquícios que per vós dispersarem-se...
O ladino Saber há de ser encontrado em seu recanto, chorando orvalhos poéticos por ser só, quando o '' ser '' humano encontrar sua verdadeira vereda: Buscar o grito animalesco que calou-se em seu peito...- e, como o próprio respirar, pois nisto há naturalidade, ser cônscio de suas consequências.