Planos....

O que vou fazer Segunda-Feira?

Um novo parágrafo ou Uma nova história?

Tô me sentido como uma atriz, finalizando o seu papel na novela dos oito. Também pensei em um seriado, que vaai e voolta. Mas acho que tá mais para a segunda opção, pois geralmente, alguns seriados são suspensos ou até encerrados definitivamente, por falta de verbas. No meu caso, é falta de amor mesmo.

Uma atriz finge na ficção achando uma delícia, vive a "realidade" de um personagem na curtição. Às vezes pega chuva, cai na lama, fica até nua no meio da multidão, e, isso geralmente em papéis de romance "safado", onde os dois são pegos em flagrante. Mas viver a realidade fingindo gostar da verdade a que convivo, sem expectativa, sem garra para competir, é como estar morta. Estou gorda, como nunca estive. A papada já cobre o pescoço ( isso não é sintoma de anorexia viu), e as pelancas dos braços se estremecem a um simples tocar dos dedos. A minha parte profissional ainda não foi resolvida.

Assim, as crises continuam, as espinhas aparecem, a frustração adormece, congela, impedindo até as flexões musculares. A balança não te ajuda, nem a dieta mais balançeada. Preciso de novidades, motivação para viver! Não quero voltar para o abismo, pois a morte nunca resolveu nada. Só piora a evolução das pessoas que cometem esse atentado drástico para dar um possível "ponto final", que muitas vezes que resume a um único problema, que perturba a mente, traz desespero e "encostos" que adoram vê-lo nessa situação, e fazem de tudo para acabar com o que resta de você.

Tenho plena consciência do tempo. Este é ouro, principalmente quando bem aproveitado. Mas isso não quer dizer que os meus 4 anos foram assim, não. Levar um diploma só é um passo a mais na "fonte" de oportunidades, que se alarga na pós, no doutorado, etc. O curso que frenquentei por anos, mastigados minunciosamente, me moldaram um pouco, vejo coisas "além do horizonte", escrevo bem, estão vendo? Pois é o que levo encrostado na cabeça, mais sabedoria, mesmo sem papel de cientista na mão.

Quando eu era mais nova, recebi uma carta de uma colega de classe. Nela dizia palavras bonitas, saudosas, mas uma coisa marcou a leitura: ela disse que sou "Um gênero indomável", consertando: "Um gênio indomável". Ela acertadamente me descreveu em três palavras que me figuram no presente. Apesar de não achar isso na época, hoje vejo o que sou. Faço um cozidão de idéias que perpassam os neorônios, mas andam em círculos, o conflito é interno. Chegou a hora então de me expressar, dizer o que quero, sem dar ouvidos aos conchaves do desânimo e da impossibilidade, pois "querer é poder"!

Una mujer
Enviado por Una mujer em 30/03/2013
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