Semideus
Ele sentou sozinho, deixou as lagrimas escorrendo junto ao suor. Notou sua existência quase desaparecer, fez perguntas por luxo, e até sentiu menos raiva. Mas tudo aquilo era maior que ele mesmo. Seu orgulho, acorrentando seus braços, pernas e pescoço, fazia sangrar sua alma. Seu ódio em constante crescimento, nao permitia se alimentar de nada que nao fosse o pecado. Sua dor, se aconchegava em seu coração, repousava em um ninho de imensa fraqueza, fazendo circular a angustia azul por todo seu corpo. Seu vermelho, hoje tão desbotado, deseja ele que escorra pra fora, como um jato de veneno, assassinando toda fauna e flora da sua utopia. Um céu cinzento, uma chuva ácida, e a lama negra. Sujando, poluindo, destruindo, manchando almas brancas com ambição. Egoísta por toda vida, não era agora que isso iria mudar. Tudo para seu proprio mundo, uma coleção cheia de um querer vazio. No fim ele sabia, nada seria completo, por que ele era vazio.