Precisava te Dizer
Às vezes prefiro aparentar ignorância a viver na sinceridade intelectual e crítica.
E há quem diga que a vida é entendível.
Porém, “Morrer é fácil, viver é difícil”.
Tu fazes exatamente o que disseres para não fazer, e eu por minha vez, permaneço calado em meu canto opaco, frio e pouco habitável, esperando por alguma alma digna e paciente o suficiente para me aturar por tempo indeterminado, me acompanhando em todas as dimensões e vidas possíveis.
Ao contrário do que pensaste. Dessa vez não irei agradecer a você pelo fato de que eu me sinto vivo outra vez. O que adianta me oferecer esta meia vida?
Se for para me presentear com metades, meias verdades e oferecendo apenas meios amores, prefiro ficar com a metade insatisfatória que nasci. Pelo menos é minha, e sei perfeitamente quais as limitações. Se é que há!
Fui criado pelos egípcios, moldado pelos persas e modernizado pelos gregos. Minha outra metade se perdeu no tempo, talvez esteja em Roma. O que importa é minha identidade ocidental que, não me orgulha, mas me oferece abrigo e colo.
Tudo indica que estou em processo de transformação neste exato momento, tudo indica não. É real! Acabei de achar retratos antigos. – Meu Deus! Como mudei!
Não estou me referindo somente à transformação física, minha mente e meu espírito hoje se encontram em total equilíbrio. Toda insegurança e desconforto que me acompanhavam em tempos de outrora, deram lugar a asas corajosas que não me permitem ficar parado.
Então vou repetir para que se fixe bem em sua mente e na minha. Não irei te agradecer por absolutamente nada, afinal, quem merece agradecimentos aqui sou eu.