Exame da OAB: onde está o problema?


Para mim o problema reside no comportamento do aluno desde o primeiro semestre e na inadequação dos instrumentos avaliativos dos cursos de direito em relação ao padrão de exigência do exame da OAB.

Some-se alunos que não lêem, que adoram colar, que se comprazem em colocar seu nome em trabalhos que não fizeram, que se revoltam quando professor solicita uma leitura obrigatória a uma instituição que adota políticas de não reprovação ou cujos instrumentos avaliativos podem ser facilmente burlados e teremos a resposta aos índices de reprovação da OAB.

Se houvesse rigor nos instrumentos avaliativos e os mesmos fossem elaborados nos moldes da prova da OAB a cada semestre, ao final de dez semestres os alunos certamente estariam mais preparados.

Professores e instituições podem ter sua parcela de responsabilidade mas é no aluno que encontraremos as respostas definitivas. A pergunta que não quer calar é a seguinte. Apesar dos índices de reprovação, tem gente que passa? Passa porquê? Será que é sorte.

Chega do sofisma "primeiro na escola último na vida", os primeiros na escola costumam passar entre os primeiros no exame da OAB.

Já os últimos da escola engrossam as fileiras das reclamações contra qualquer tipo de avaliação.

Acredito sempre no aprimoramento dos instrumentos avaliativos e isso serve para o Exame da OAB, mas extinguir uma avaliação porque o povo não consegue passar me parece despropositado.