Mentira
Então me travesti: cuspi fogo e futilidades. Comprei calcinha e esmalte vermelhos, sangrei a alma. Me despi das cerimônias, me vendi: futilidade moeda de troca. Ao amor, fiz desfeita.
Como quem coloca a corda ao redor do pescoço e empurra o banco, tentei me esconder de mim. Mas a fragilidade-banco não caiu, a corda-estupidez não se partiu e eu continuo aqui, pueril e apaixonada.
Acredita?