Atrofia

Nenhuma paixão, nenhuma descoberta. Mesmice, sempre igual. Rolando. O desbotamento da vida. Rugas e tédio, idade da razão. Que loucura.

É você chegar num lugar que não te pertence, deitar numa cama emprestada e dormir um sono roubado, tendo sonhos empenhados. A esperança no prego, junto da sensatez e do orgulho.

E lá no dia seguinte, tudo igual ao anterior: a eterna atrofia dos nervos e da fantasia. Paredes que me separam de quem sou, desabem sobre mim.

Esmaguem minha inessência.

Damnus Vobiscum
Enviado por Damnus Vobiscum em 25/03/2013
Reeditado em 25/03/2013
Código do texto: T4207820
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