Atrofia
Nenhuma paixão, nenhuma descoberta. Mesmice, sempre igual. Rolando. O desbotamento da vida. Rugas e tédio, idade da razão. Que loucura.
É você chegar num lugar que não te pertence, deitar numa cama emprestada e dormir um sono roubado, tendo sonhos empenhados. A esperança no prego, junto da sensatez e do orgulho.
E lá no dia seguinte, tudo igual ao anterior: a eterna atrofia dos nervos e da fantasia. Paredes que me separam de quem sou, desabem sobre mim.
Esmaguem minha inessência.