Que venha; e fique!

Falo muito de amor. Mesmo sabendo que ainda não o conheço como gostaria. Mesmo sabendo que talvez vá embora sem saber tanto. Mas tenho a ciência que sei o suficiente para fazer alguém feliz; para ser feliz. Sem o medo que muitos têm de sofrer, de se entregar alguém. Apego-me fácil, não nego. Mas quando me doo, é por completo. Não defendo meio-termo, dispenso meio-amores. Comigo é ou não é. Talvez por isso me pergunte tanto onde é que está quem eu quero encontrar. O porquê insiste tanto em demorar a chegar, a se mostrar. Para que eu reconheça tudo aquilo que eu acreditava conhecer. Mesmo com tudo o que vivi até agora, tenho a sensação de que já não sei de mais nada. Não conheço mais nada, não conheço ninguém. Mas quero conhecer alguém, quero voltar a viver algo que me faça reconhecer o amor em um olhar, em dois corações. Talvez, por tantas oportunidades que deixei passar, seja isso hoje nada mais que ilusão. Uma triste ilusão. Talvez quem eu quero já tenha chegado e eu distraído não tenha notado. Mas não olho mais pra trás. Tento olhar adiante. Uma hora eu sei que vai chegar, ou mesmo voltar. Mas que seja para ficar!