Verdade poética.

Não gosto de rótulos

de definir que escrevo

Quem, afinal, deve dizer se é bom ou ruim é quem lê.

Ai sim com prazer recebo os óbulos

Ou crítica se assim o devo.

Se alguém se propõe a ler é porque algo de bom vê

Aprecio poder transmitir meu pensamento

Poder comunicar a outra pessoa que sequer me conhece

Dizer dos sentimentos, que afinal, são comuns a todos

Pelo menos uma vez na vida, por um momento

Aquele sentir ou uma certa situação semelhante acontece

Quando digo que não gosto de rótulos,

quero dizer que não creio ser importante se este texto

é um poema de amor, de ódio, de tristeza ou sei lá o que

Acontece que o leitor é que deve dar a palavra final

Pode ocorrer que uma interpretação e tudo se inverte

O que era amor, torna-se ódio,ou pior, indiferença.

Tampouco intitulo-me poeta.

Pois não consigo seguir métricas

outras vezes sequer uso rimas

Tudo isso deve ser uma verdade...poética.