MORTE: a minha

Tentar... quase sempre tentamos... eu tento... tu tentas... elas tentam...

Mas que tenta cada um dos tentadores?

Há gentes, pessoas?, que sentem a tentação de ser deuses e mesmo deusas. E comprovam que acham muitas dificuldades para o lograr...

Comprovam ou poderiam comprovar: ser deusa, ser deus é labor, tarefa e até afã impossível.

Contudo, há pessoas ou apenas entes que insistem. Saltitam imaginando que o conseguiram e apenas conseguiram para outros adiantar-lhes a meta que a todos nos aguarda: a morte, a nossa morte, individualizada e única, minha, tua, sua (de ela ou de ele). A morte nem se conjuga nem se declina em plural; percebe-se singular, reveste-se de singularidade absoluta. Nessa singularidade alicerça a condição divina da Morte.

(Que sentirão, já mortos, aqueles que inferiram mortes a esgalha? Serão capazes de continuar a orgulhar-se por tamanha façanha perante os mortos que eles fizeram ou mandaram fazer?)