O QUE PENSO SOBRE A IGREJA

Outro dia fui confrontado com a pergunta: “Você não acredita mais na igreja?” Na hora, pensei nos textos que publiquei nos últimos meses que, mesmo sem a preocupação de convencer, expuseram com franqueza o que penso sobre o momento da instituição. Respondi com tranqüilidade e franqueza: “Sim, acredito. Não acreditar na Igreja é não acreditar no Novo Testamento”.

Assim penso. Porém, não acredito no que alguns chamam de igreja. Alias, eu e Jesus, já que o sentido de templo tendo como base o Velho testamento, não recebeu de Jesus nenhuma consideração especial a não ser: “Não ficará pedra sobre pedra”; sobre se ter um lugar especial para adoração, esclareceu num diálogo com a Samaritana: “Perguntou-lhe: Nossos pais adoravam sobre este monte,mas vós, judeus, dizeis que Jerusalém é o lugar onde se deve adorar.” Declarou Jesus: “Mulher, podes crer-me, está próxima a hora quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Mas a hora está chegando, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai, em espírito e em verdade; pois são esses que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”; Sobre a instituicionalização do Evangelho, Jesus, numa conversa com Nicodemos, representante da cúria religiosa, declarou que: “O vento sopra onde quer, você escuta o seu som, mas não sabe de onde vem, nem para onde vai; assim ocorre com todos os nascidos do Espírito”. É assim que penso, sem com isso propor uma nova reforma, nem a mudança de comportamento de ninguém, mas sim a ponderação do sentido do que seja: “Dois ou três reunidos em Meu Nome”, ou seja, a Igreja como encontro de vidas, de acordo com o que leio nos Evangelhos.

Sendo assim, a Igreja pode acontecer no prédio que chamamos de templo, mas não necessariamente só pode acontecer lá, já que o Espírito Santo atua livremente e onde houver uma consciência habitada pelo Evangelho haverá uma igreja. Assim como na atitude de perdão; de solidariedade e de amor.

E pra terminar, cada um de nós tem a liberdade de pensar e escolher. E se posso aconselhar você que me concede a honra de ler estas breves linhas, proponho que você que reconhece em Jesus, O Caminho, A Verdade e a Vida; seja você a igreja, onde quer que esteja, seja no templo, em casa, no trabalho ou no trato com a vida, e tenha a certeza que: “As portas do inferno não prevalecerão”, jamais!