Pêndulo

Tanta coisa escapa sem compreensão

E quanto menor o acolhimento

Menor compaixão tem esse sentido.

Não sou de ninguém

Não há alcance

Ou sobro ou falto.

Vítima da trajetória sombria

Do pêndulo da emoção.

Da evidencia agressiva

Das respostas rápidas e concisas

Vitimando a paixão.

É tão simples o morrer de cada dia

Mesmo onde a manhã

Cai em diminuta alegria

Ou na mais intensa euforia.

Na verdade nascemos pra ir rompendo

Depois se agregando

Em dádivas divinas

Em lições de vida.

Aos poucos sabendo quem somos

E desejando ser amados só ai.

Quase tudo tem a duração

De um raio de luz.

O que traz

Depois conduz.

Não sabemos onde o amor nasce

Nem onde morre

Mas sabemos que a semente só floresce

No solo que a enobrece.

Olha a pequena flor campestre

Entre os espinhos do arame farpado

Dando vida ao desabitado.

Perturbador lugar de florescer

Mas está ali

Para os olhos que a querem ver.

Lucinda
Enviado por Lucinda em 20/03/2013
Código do texto: T4198178
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