AMOR DE DEUS NÃO DESISTE DE NÓS
AMOR DE DEUS NÃO DESISTE DE NÓS
(Mateus 18.10-14)
Amor, amor, amor... Muitos têm falado, cantado, e escrito sobre o tema. Poetas, românticos, e apaixonados suspiram, almejam, e se alimentam desse nobre sentimento. Quero falar de um amor que é mais forte que a morte (Cantares 8.6).
De um amor que não é circunstancial, mas é um dos atributos e uma das definições do Criador. Pois, como afirmou o apóstolo do amor, em 1° João 4.8: “Deus é amor”.
Essa sublime verdade tem que ser sentida, tem que ser experimentada, e vivenciada em todos os momentos. E a verdade é que Deus nos ama tanto. O amor Dele não pode ser comparado ao amor humano, pois o Senhor sendo perfeito, tem por nós um amor perfeito. E esse amor tem que ser sentido no âmago de nossa alma, pois quando sentimos esse perfeito amor: a vida tem mais vida. Tudo se torna mais belo e mais aceitável. Quando experimentamos o amor de Deus é possível crer que tudo o que nos acontece é para o nosso bem (Romanos 8.28).
No texto de Mateus 18.10-14 nos ensina um pouco desse amor que Cristo tem por cada um, e baseado neste texto posso afirmar: O amor de Deus não desiste de nós! Nos parágrafos seguintes, será descrito três verdades sobre o amor de Deus, a saber:
1° Verdade – O Amor de Deus nos acolhe (v. 10).
Todos esperam e anseiam ser aceitos, respeitados e acolhidos. Como é bom ser valorizado, e perceber que há pessoas que acreditam em nosso potencial.
Mas, infelizmente, nem sempre é assim. Pois, muitos podem olhar para você e eu com desdém, com falta de apreço, com desprezo. Como se fossemos indignos, ou objeto de repulsa. Eu já tive essas experiências desagradáveis, e digo que apesar de todos os desdéns que era alvo, eu pude sentir o amor de Deus me acolhendo em todos os momentos.
Nos momentos em que o nosso valor é provado. Em que pessoas e circunstâncias se levantam para contestar a nossa dignidade, o amor de Deus é o antídoto e a cura para essa malignidade.
O salmista Davi, no salmo 23 nos revela a forma que ele via o Senhor: como Pastor. Para Davi o Senhor é o Pastor que acolhe e cuida de Suas ovelhas. Jesus Cristo, em João 10.11 diz: “Eu Sou o bom pastor. O bom pastor dá vida pelas suas ovelhas”. E mais adiante no versículo 14 diz: “Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem”.
O nosso Deus é o Pastor que conhece as Suas ovelhas e tem conhecimento por onde elas caminham como elas se sentem, e do que necessitam. E é por isso que a exemplo da parábola, o nosso Supremo Pastor (1° Pedro 5.4), Jesus Cristo, deixa as 99 ovelhas e vai atrás daquela que se perdeu. Pois, ao amor de Deus ninguém passa despercebido.
Podemos ser desprezados por familiares, amigos, irmãos de fé, lideres religiosos, etc. Todos os que nos cercam, podem olhar para nós com todo o desdém e repulsa, entretanto, tudo o que minha alma precisa sentir é o amor de Deus, e diante desse amor, todos os desprezos se perdem. O amor de Deus nos acolhe, e nos coloca debaixo das asas do Altíssimo, onde encontramos refugio (Salmo 91.4). Posso ter a certeza que o amor de Deus nunca desistirá de mim.
2° Verdade – O Amor de Deus nos perdoa (v. 11).
Um dos maiores pesos que alguém possa carregar é o peso de seus pecados. Ter ciência de seus fracassos e erros é o destino dos mortais. Esse é o destino de todo homem até que... A alma cansada encontre refrigério no Cristo que perdoa pecados.
Certa vez li uma frase: “Como é bom saber que é possível recomeçar tudo de novo”. E completo essa frase ao dizer o caminho: “Como é bom saber que é possível recomeçar tudo de novo, pois o amor de Deus lança nossos pecados nas profundezas dos mares”. Foi isso que o profeta Miquéias disse: “De novo terás compaixão de nós; pisaras as nossas maldades e atirarás os nossos pecados nas profundezas do mar”. (Miquéias 7.19).
Voltando para a parábola da ovelha perdida, é visível ver que o pastor não está preocupado ou interessado em punir a ovelha fugitiva. A frase: “Deus é amor, mas também é justiça”, que tantas vezes ouvi em igrejas evangélicas se perde nessa parábola. O amor do pastor é maior do que o erro da ovelha, e é isso que o apóstolo Pedro ensina: “O amor perdoa muitíssimos pecados” (1° Pedro 4.8). O amor de Deus não desiste de mim, e o amor de Deus refaz a minha história em Cristo Jesus.
O amor de nosso Grande Pastor (Hebreus 13.20), Jesus Cristo, não nos condena, pelo contrário, nos compreende. O amor de Deus se manifesta: restaurando, perdoando, e dando o descanso que a minha alma tanto necessita (Mateus 11.29).
Crentes que o amor de Deus nos perdoa, podemos fazer a oração que está em Oséias 14.2: “Perdoa todos os nossos pecados e por misericórdia, recebe-nos para que te ofereçamos o fruto dos nossos lábios”.
Assim como, o pastor descrito em Lucas 15.5 coloca as ovelhas em seus ombros e a resgata. Jesus coloca você e eu em Seus ombros, e nos conduz novamente ao Caminho da Verdade e da Vida (João 14.6).
3° Verdade – O Amor de Deus nos torna humano (v. 12)
Certa vez, assisti a seguinte entrevista: “As mulheres modernas, tem que ser profissionais bem sucedidas, donas de casa eficiente, mães amorosas, companheiras de seus maridos, e ainda ser lindas”.
Realmente nos dias de hoje, homens e mulheres, crianças e adolescentes, jovens e velhos. Necessitam ter um desempenho triunfalista além das capacidades humanas. Existem pessoas, que assim se comportam, para serem aceitas em um determinado grupo social, quer seja: trabalho, escola, igreja, família, etc.
A parábola da ovelha perdida nos mostra um pastor que não está preocupado se a ovelha perdida tinha um bom desempenho, se era a ovelha mais gorda, se era a ovelha mais eficaz, se era a ovelha mais bonita. O pastor simplesmente vê a ovelha como única. Ele vê a ovelha merecedora de seu auxilio, e impulsionado por seu amor ele busca a ovelha perdida.
O amor de Deus não nos avalia conforme nosso desempenho espiritual e/ou eclesiástico. Ele simplesmente nos ama. Neste parágrafo me refiro a Efésios 2.8,9 que diz: “Pois, vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês é dom de Deus; não por obras para que ninguém se glorie”. Depender da graça para sermos salvos, nos faz mais humanos, mais dependentes de Deus, mais carentes de Sua imensurável misericórdia.
Vivemos em tempos, em que cada pessoa é reduzida a meros números, isto é, cada pessoa é vista como um CPF (Cadastro Pessoa Física), em épocas de eleição, é vistas como Títulos Eleitorais, etc. É a coisificação do ser humano, em que cada ser se resume a um mero número em meio à multidão.
A parábola da ovelha perdida nos ensina que uma única ovelha, tem um grande valor. O pastor não mediu esforços e não a considerou um mero número estatístico dentro de seu rebanho. Aquela ovelha era única, preciosa e amada pelo pastor. O amor de Deus age conosco da mesma forma. O amor de Deus nos faz sentir únicos em meio a multidão. Pois, para Deus, cada ser humano é único, precioso e amado.
CONCLUSÃO:
O amor de Deus nunca desistirá de nós, e este amor nos acolhe nos perdoa, e nos torna humanos extremamente dependentes de Sua maravilhosa graça e de Seu perfeito amor.
Nestes dias atribulados e escassos em amor, necessitamos cada vez mais, sentir, experimentar e viver o amor de Deus. Pois, quando sou amado por Ele, eu consigo amá-lo (1° João 4.19). E se amo a Deus, posso amar o meu próximo (1° João 4.21), e assim seremos filhos de Deus (João 13.35).