DESCOMPLICANDO !

Precisamos, todos, de tão pouco para sermos realmente felizes que às vezes assusto-me com as minhas próprias reaçoes, para não falar das de outras pessoas; diante de alguns desconfortos que experimentamos pelas razões mais diversas. Ora no campo amoroso, familiar, ora no profissional. Estava eu, dia desses, dirigindo e ouvindo uma canção que gosto muito e em uma versão gravada pelo Frank Sinatra sob o titulo – Call me irresponsible e de repente comecei a me sentir ridículo por estar permitindo que pessoas que não concordam com a minha linha de pensamento e de açao, estivessem sendo capazes de me fazer perder o prumo, me desorganizar emocionalmente e isso repetidas vezes. Por quê eu não conseguia reagir naturalmente e, apenas deixar para lá como se costuma dizer e tocar a vida? Como, geralmente, nas questões de fórum íntimo, sempre encontramos alguma justificativa para tudo o que fazemos e para o que não também, achei que o incômodo se devia ao meu senso natural de responsabilidade, de mostrar para as pessoas que tenho, afinal, “sangue nas veias” mas, no fundo, tudo isso e balela, desculpa esfarrapada. No fundo, nenhum de nós gosta de ser contrariado, de ter as suas opiniões questionadas; o já famoso e no caso, “receber o dedo na ferida”! Aí eu me perguntei: Como faço então ? A resposta para essas perguntas via de regra são muito simplistas no que se refere ao emprego do vernáculo mas a sua adoçao na prática é algo mais complicado mas a que veio, foi: - Simples; esqueça ! Ora, que beleza ! Simples assim ?! E “algo em mim” naquele instante parecia determinado a me moldar e meio que me puxando pelas orelhas, reiterou: Sim, simples assim ... esqueça... forget about ... it’s bullshit !!!!

Esse monólogo prosseguiu mas em casa, depois do banho, refleti sobre tudo isso e me pareceu pertinente que o ideal seja mesmo procurar não emprestar tanta atenção ao que dizem a nossa respeito, das contrariedades que surgem em meio a polêmicas provocadas por pensamentos díspares de parte a parte. O quê se ganha, afinal, vencendo determinadas contendas ? Li há muitos anos em um desses livros de autoajuda que “invariavelmente, em toda discussão as partes as terminam ainda mais convencidos que no no começo dela, que a razão estaria com eles.!” Em outras palavras, na maioria delas jamais se conhece o vencedor e pelo simples fato de não ser possível haver um !

O duro, o complicado, o “inimigo a ser vencido” é o tal do orgulho ferido ! Esse sim; é mesmo terrível mas como tudo na vida, maior é a glória nas batalhas que se vence oponentes reconhecidamente mais fortes e, então, concluí que não há que se pensar duas vezes; que vale à pena "comprar essa briga". Se me disserem que estou errado; tentarei encontrar lá no fundo força bastante para aceitar o “fato” com um silêncio morno (... se eu disser que isso não exigiria nenhum esforço, certamente que eu seria um baita de um mentiroso ! ), talvez e no máximo com um “bater de ombros”do tipo; que seja e deixar que o tempo, que é “o Senhor da razão” , se encarregue se trazer luz sobre quem esteja certo ou, quem sabe, dependendo do assunto nem valha a pena consumir tempo algum com aquilo que se discutiu.

Resumo da ópera: A vida é difícil e as coisas parecem sempre complicarem-se contudo, se cada um de nós puder refletir sobre a possibilidade de o outro estar certo e nós errados, atrevo-me a imaginar que possamos ter alcançado um patamar mais elevado em nossa evoluçao ! A humildade é o idioma através do qual Deus nos está sempre a enviar as Suas Mensagens. Essa, talvez, seja uma delas ???!!!!

Leandro JP Sousa
Enviado por Leandro JP Sousa em 15/03/2013
Reeditado em 15/03/2013
Código do texto: T4190410
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