Momento de indecisão

Às vezes ficamos de frente para determinadas situações. Que nos fazem pensar em milhões de coisas. É difícil começar um texto com uma pergunta ou alguma duvida. Mas se não fossem as perguntas e as duvidas como sairiam as grandes leituras já feitas.

Eu por ignorância ou por pura preguiça, nunca me dei ao trabalho de ler alguma coisa de outra pessoa. Nunca li, livros ‘inteligentes’ ou poesias. Sempre fui preguiçoso de mais para tal feito. Mas voltando ao que eu gostaria de escrever. Você se depara com momentos em que devemos parar e fazer uma autocrítica. Eu estou em um desses, vivo um dilema. Na verdade eu sou um dilema ambulante. Ando por ai vendendo insegurança e duvidas para quem quiser comprar. Sinto minha alma mais limpa longe de tanta sujeira. Sinto-me mais forte, mas ainda continuo confuso. Talvez eu seja confuso até o ultimo dia da minha vida. Mas eu também vou até o ultimo dia tentar entender o motivo de tanta insegurança e confusão.

No meio de tanta sujeira, eu sei que há alguma coisa para salvar. Eu sempre acreditei nisso apesar de cada vez mais me sentir longe dos meus princípios iniciais eu sei que estou fazendo o certo. Agindo por instinto, mas sempre pensando em fazer a coisa certa. Há única coisa que vai me restar quando tudo tiver um fim, será meus princípios minhas ideologias e o que eu fui um dia. Sim, sou novo, mas me sinto muito mais velho do que a maioria das pessoas da minha idade. Talvez seja as cobranças há quais eu sou exposto todos os dias, talvez não seja nada. E eu só seja um mimado que não sabe nada da vida, mas que adora falar que sabe.

Com certeza não faz meu estilo ser mimado, mas temos de levar em consideração. Pois tem de ser assim não é mesmo? Eu só queria chegar a um ponto que eu me sinta ‘aliviado’ ultimamente sinto como se um piano estivesse em minhas costas todos os dias quando acordo. Tomei atitudes para mudar isso, deram certo. No primeiro momento...

Mas não foi o suficiente, talvez o meu melhor não seja o suficiente para encontrar a minha própria felicidade. E quando o seu melhor não é o bastante para encontrar a sua felicidade, creio que deve haver algo de errado. Como um cara como eu pode pensar em fazer alguém feliz? Eu não consigo fazer a mim próprio feliz. Quem dirá a ser perfeito e me encaixar nos padrões de alguém. Mas isso é o que chamam de amor, não é mesmo?

Amar e aceitar todos os defeitos e qualidades da outra pessoa. Aprendendo a conviver com as duas metades. Mas eu tento, eu juro que eu tento. Talvez o dia em que eu realmente me encontrar eu consiga responder a tal questão que tanto me atormenta.

Nunca fui o mais bonito ou o mais magro. Sempre usei de bom humor para compensar o que me faltava. Mas essa defesa que eu criei para mim mesmo acabou se tornando o que eu sou hoje em dia a minha referencia.

Impossível pensar em mim mesmo e não lembrar-se de coisas engraçadas. Em momentos ‘historicamente’ hilários. Talvez eu só queira ser levado um pouco mais a sério. Não ser lembrado sempre como o ‘bobão’ da turma. Quero ser lembrado como alguma coisa essencial. Fazer palhaçadas qualquer um faz. Muitos por necessidade de atenção, outros simplesmente para desviar a atenção. Não nasci para ser protagonista sempre me coloquei em segundo lugar em tudo. Por ter medo dos olhares me julgando. Hoje só vejo que fui covarde e optei pela alternativa mais fácil que me apareceu. Eu fujo de responsabilidades, com risadas. Risos em momentos nada oportunos, pensamentos longes dispersivos longe da realidade. O que me faz parecer um cara ‘desinteressado’ se pelo menos as pessoas soubessem o que se passa comigo. As coisas que eu já presenciei as cobranças que começam comigo mesmo. Não iriam me julgar de tal modo.

Mas eu desaprendi a tal formula da felicidade. Houve um tempo, em que tudo era mais simples. Sem cobranças sem pensar no amanhã. É tão clichê falar do tempo, talvez todo mundo queira voltar ao tempo em que tudo era mais fácil. Mas nem é tão simples, se você não aproveitou esse tempo. Sinto muito, você ficará só com as lembranças do que um dia você foi...

Texto de Julho de 2012.

Luciano Carvalho
Enviado por Luciano Carvalho em 15/03/2013
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