do estilo
Ah, as letras todas. Ou umas e outras. O tal do ponto final pululando entre espaços, entrecortando períodos e, três a três, deixando estar esparramado pelo ar o entusiasmo de uma ideia dita, assim, pela metade. As vírgulas, espoletas, se me caem aqui em vez de ali, lá se vai: o sim fica por não. Crase por crase, cá entre nós, só quem sabe sente. E não é esse o caso da normativa em pratos limpos, com cada ponto em seu i. Sempre fui mais de língua lambida, liberta, lavada. Mais de pausa que de ponto; mais de lágrima que de verso. Mas há de me botar comovida como o diabo um bando de letras mexidas de maestria pelo sentimento do mundo, saíndo a cavalo de Alexandre por aí. Há de me arrepiar os cabelos o desenho perfeito do texto que outro seria se o tivessem noutra cor.
Ah, os signos todos. Ou uns e outros. O tal do ponto… Se bem quiser, meta sobre os i’s quaisquer vírgulas. As reticências? Faça-as em exclamações, se assim lhes fizer sentido. As palavras, que sejam as de Oswald, que sejam as suas! A pontuação a Saramago ou a Machado… Mas não se deixe esquecer que aí está. – Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto – COMO se diz.
Se me deixo ficar por regras e significados, o cálice fica só por copo e cala-se a arte. Os sem estilo que me perdoem, mas estética é fundamental.