No calor da crônica
Falando do nascimento da crônica, Machado de Assis começa comentando as possíveis reações das pessoas diante do calor. Ouço diariamente reclamações do sol causticante que causa um mal estar tanto para aquele que está sob o efeito direto de seus raios como para o que se encontra debaixo da proteção de alguma sombra. Praticamente a sensação de derretimento é sempre igual. Há quem diga que nem mesmo o ar condicionado associado à brisa do umidificador tem resolvido a questão do clima de deserto.
-- Maria! Tô vendo que é o fim do mundo mesmo! Se Deus não tiver piedade, o que será! Com esse verãozão tá difícil! Expressões como essas são repetidas por muitos em uma região semidesértica. Esperam um tempo ameno para um lugar árido. Aguardam muitas chuvas em uma terra onde a seca por pelo menos sete meses se repete todos os anos. É a esperança do sertanejo! O que o faz esperar sempre um tempo melhor para um chão que revive o caos da sequidão aparente e superficial? O oásis é como um tesouro escondido esperando ser achado! Ao contrário, o Nordeste brasileiro é uma joia a ser plantada!